terça-feira, agosto 2

Senhor, eu pequei

Ontem eu assisti ao melhor filme do ano de 2005.

Tudo bem, o ano não acabou, eu sei. Mas duvido - aposto quanto quiserem - não terá nenhum filme em 2005 que o supere.
Europeus, Asiáticos/ Orientais e todos os demais filmes de arte terão que me desculpar, mas Sin City é FODA!
Para que Sin City seja superado, teria que ser criado um novo Dogma ’95, com um filme superior ao Festa em Família.
Mas pelo que leio sobre cinema, pré-produções e tudo mais, não vem nada melhor mesmo. Não nesse ano.

Sin City... Eu li algumas coisas sobre, antes. Antes, digo, de seu lançamento. Li durante sua produção. Depois de pronto, recusei qualquer leitura, qualquer crítica. Queria eu mesmo opinar, sem poluição alguma.


E, agora sim, vamos falar sobre o filme. Tem dois pontos básicos sobre o filme que deve ser ditos:

Produção: uma HQ na tela
Sim, o filme é um mergulho profundo no universo das HQs.
Nunca, em toda a história, foi feito algo sequer parecido.
Nunca, em toda a minha história, pensei que seria possível algo assim.
É surpreendente. É espetacular. É incrível.
Robert Rodriguez é o nome do ano.
Pode-se não gostar do filme, mas é inegável o que foi feito. É um marco na história do cinema. Adaptações para o quadrinho serão, de agora em diante, divididas em ASC e DSC (Antes de Sin City e Depois de Sin City). Oscar de fotografia e de direção serão o mínimo.
Aliás, fotografia? Não. Espere um pouco. O que era aquilo? Fotografia ou desenho animado? É. Realmente incrível. Incrível.

Sin City, cult e difícil no universo HQ
Antes de assistir ao filme, vá a uma banca de jornal, ou melhor, até uma livraria, ou, ainda melhor, ao sebo, reze para achar uma edição de Sin City, compre e leia para saber se o tipo de história lhe agrada.
Se a curiosidade está lhe arrebentando o peito, saiba que é sua história é violenta, cheia de mulheres sensuais e, ao mesmo tempo introspectivo. Ou seja, Sin City, na HQ, alterna seqüências de ação com textos corridos, parados e, para muitos, cansativos. A HQ de Sin City foge completamente do padrão linear que toma conta das HQs mundiais e mais famosas, como Batman e Homem-Aranha. Por isso sua história é noir, é cult. Por isso que Frank Miller, seu criador, roteirista e desenhista, recusou tantas vezes, e por tanto anos, todas as propostas de Hollywood. Então, agora que ele aceitou, o filme não poderia realmente fugir do que Sin City representa.
A HQ foi filmada. Literalmente.
Se você não gostar da HQ Sin City, nem perca seu tempo indo ao cinema. Morda o cotovelo e espere o lançamento de Elektra, que deve ser bom, mas, assim como Dare Devil, não retrata nem de longe o que é ler a HQ respectiva.

Tópico extra: abertura
Acomodado na poltrona do cinema, a espera do filme.
Começa.
Primeira cena e já vibro. Era exatamente aquilo e um pouco mais daquilo que eu esperava. Eu estava abrindo uma revista nova de Sin City.
Logo depois, a abertura, apresentado os atores. Um elenco de primeira, onde todos estão arrasadores.
Poderia ser simples assim, mas não foi.
Para você entender, é mais ou menos assim: aparece o desenho feito por Frank Miller, do personagem por ele criado anos atrás. Mas não aparece o nome do personagem. Aparece apenas o nome do ator que o representará durante o filme. Inteligentíssimo. Brilhante.

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