segunda-feira, maio 29

Rádio?

"Ex-oficial do exército britânico, James Blunt repetiu no Brasil o sucesso alcançado com "You're Beautiful" na Inglaterra e outros países. Em abril, a canção foi a mais executada nas rádio brasileiras."
Fonte:UOL Música

Faz tempo que não ouço rádio. Muitas vezes - quase sempre, na verdade - isso me deixa desconsolado. Mas realmente não dá. E o problema passa ao larga da falta de tempo. Falta é paciência para a programação das rádio de hoje em dia. E aqui, então, no Rio, a radio rock daqui é ainda mais pasteurizada que a de S. Paulo. Difícil.
Mas hoje eu comemoro.
Imagine se eu estivesse ouvindo rádio todos os dias. Eu teria que aguentar esse merda de James Blunt desafinar nos meus ouvidos essa musiquinha tão horrível.
Olhe, essa notícia acima é boa. Para mim. Porque me fez pensar: "graças a Oxalá não tenho ouvido rádio..."

domingo, maio 28

“Eu não gosto de quem eu sou”

Não eu. Na verdade, se você me perguntar se eu gosto ou não de quem eu sou, diria que a resposta é um pouco mais complexa do que um simples “gosto” ou “não gosto”. Na verdade, na verdade, não é “um pouco mais complexa”, e sim muito, mas muito mais complexa que isso.
Mas ontem a gente foi tomar uma cervejinha e ele, após um “não me lembro quantas cervejas foram”, soltou essa. Não foi assim, do nada. Estava dentro do contexto da conversa e tal. Mas o fato é que ele não gosta de quem ele é.
Ele quem? Esquece! Isso é algo que não posso contar, nem vou. Menos ainda assim, em público, aqui, onde tem “tanto leitor”. (isso foi ironia minha). Em fato, aliás, nem ontem foi. Também importante dizer que “a gente” não é eu e ele. Somos nós. Eu, ele, ele, ela, ele, ele, ela, ela e ele. Oito, no total.
Mas isso pouco importa. Importa o fato que ele, que você nunca saberá quem é, não gosta de quem ele é.
A verdade, aliás, é que eu comecei o segundo parágrafo com uma das frases mais mentirosas da história dos bares. Ninguém, absolutamente ninguém, vai tomar “uma cerveja”. Isso é engodo. Ou tomam-se muitas ou poucas, mas nunca apenas uma. Nunca! Pode-se até não tomar, tomar coca-cola - no caso dos de caráter duvidoso, ou qualquer outra coisa alcoólica. Mas uma cerveja, jamais.
Pois, corrigindo, então, tomamos muitas cervejas. Tantas que o negócio começou como um happy-hour após o trabalho, por volta das dezenove horas, mas só acabou perto das três da manhã, com o bar à meia porta, esperando que nos decidíssemos se dormiríamos por ali ou se só sairíamos sob força policial.
Mas foi antes disso, antes das três da manhã, que ele disse não gostar de quem era:
- Não gosto de quem eu sou.
- É sério?
- É. No mais profundo dos meus pensamentos mais secretos, eu sei, não gosto de quem eu sou. Não gosto porque só eu conheço todos os meus pensamentos, aqueles pensamentos que temos quando estamos sozinhos, no secreto. E não gosto deles, desses meus pensamentos. Abomino, na verdade. Mas não consigo evitar. Quando menos espero, lá estou eu, tomado pelo pensamento mais sacal, chato, infeliz, infantil, subdesenvolvido. Pensamentos como esse, por exemplo, de que não gosto de quem eu sou. Quer coisa mais ridícula? Pois é. Para você ver o tamanho do problema, quando eu percebo que não gosto de meus pensamentos, percebo que não gosto de quem eu sou. Então, quando eu penso que não gosto de quem eu sou, percebo que esse é um típico pensamento dos mais ridículos e passo a gostar menos ainda de quem eu sou. É um círculo vicioso, percebe? Não tem escapatória.
- Mas e se você pensasse sobre outras coisas, coisas legais, coisas de que gosta, você não passaria a pensar que gosta de alguns pensamentos seus, o que faria você gostar um pouco mais de quem é, o que lhe faria ter pensamentos mais legais ainda e...
- Peraí! – ele interrompeu. Você consegue perceber que se eu tenho um pensamento legal, o que, confesso, eu tenho de vez em quando, para logo em seguida pensar que gosto de mim, fudeu. Porque pensar que eu gosto de mim também é um pensamento dos mais ridículos. Você entende? Na minha opinião, pensar se você gosta ou não de você, se preocupar tanto com isso, é digno de dó. E isso eu não suporto, ser digno de dó.

Depois o pessoal vem me perguntar como é possível sentar à mesa de um bar às dezenove horas e não perceber que já são três da manhã.

sábado, maio 27

Novo blog

É isso pessoal, novo blog!
- Onde?
Calma. Ainda não está no ar. Mas está quase pronto. Quase, apenas porque falta eu mexer em uma ou outra imagem. E, diferente do que muitos pensam, como não sou muito bom com isso (posso, para muitos, parecer bom com imagens, mas, na verdade, eu não domino nem um décimo do negócio e quando vou fazer algo mais elaborado, como agora...), estou apanhando um pouco.
Aliás, para vocês entenderem a gravidade da situação, não tenho atualizado isso aqui por isso. Porque estou trabalhando na maldita imagem.
Mas, segurem-se na cadeira.
Se tudo der certo, em uma semaninha, blog novo no ar.
Espero que gostem.

quarta-feira, maio 17

Girando a economia

- Chefe, chefe! Chega aí. Gosta de música né?
- Claro - tirando o fone do ouvido
- O DVD tá cincão, só. Dá uma olhada.
- Cincão?
- Choveu, né? Olha a caixinha. Zoou tudo.
- Este Smiths: tá funcionando?
- Claro. Ó, vou testar para o senhor.

- Imagem tá perfeita, olha só.
- Beleza. Vou levar.

É. A gente procura não, não e tal, mas quando a economia informal lhe aborda no meio da rua deserta, a noite, no centro, com uma oferta dessas...
Agora, no armário de casa, entro o DVD do Cordel e o do Radiohead, acha-se isso:

terça-feira, maio 16

Lápis borrado

Ela só carrega no lápis quando saí do banho e já está com o pierccing devidamente colocado no lábio.
Costuma também retocar o lápis apenas quando volta do almoço.
Mas, foda mesmo, o que dá mais tesão, é quando ela sai do serviço para se deixar ser engolida pela noite. É quando ela sempre molha a parte posterior dos dois dedos indicadores e passa no olho, esfregando, vindo do centro para as lateras do rosto.
Aí ela vai. O lápis borrado. Um rasto preto no olho verde oliva.
E eu, na porta do prédio, vendo-na passar.

segunda-feira, maio 15

São Paulo, refém do medo

É isso que acontece quando os piores três principais partidos mais perigosos (PFL, PSDB e... PCC) se juntam para governar, por oito malditos e incríveis anos seguidos, o principal Estado desse fundo de quintal imundo que chamam de Brésil.

Agora, raciocinem comigo,bando de imbecis analfabetos (conta fácil, matemática pura/burra):



Simples, não?

Dúvida maldita que permeia o ar

A situação é deprimente, mas minha mente perversa não para de pensar em uma coisa...

Afinal, alguém sabe dizer?
Os ataques bárbaros da mais alta classe da bandidagem assassina foram:
- retaliação a transferência de presídio sofrida por sua cúpula;
- continuação da ação bárbara que a Gaviões da Fiel iniciou naquela feliz quinta-feira no frio Pacaembu, pela eliminação corinthiana da Libertadores da América?

Não sei por que, mas algo me diz, e tenho quase certeza, que o real motivo é o segundo.
O maior dos sinais disso é que os ataques e as rebeliões cessaram assim que o novo técnico corinthiano, Geninho, foi apresentado na Marginal sem número.

sábado, maio 13

Discurso final no bar do Oswaldo

Discurso proferido honrosamente por André, no bar no Oswaldo, no mais recente encontro pós-trabalho, quando Anderson cismou em pedir uma Antártica:
“Que a Bohemia é a cerveja que deixa nossa boca com o melhor gosto final, entre todas, isso é fato, desculpem-me os discordantes, indiscutível.
Agora, será que após a décima quarta garrafa, o gosto final realmente importa?
Lembro uma época de minha infância, quando refrigerante era só em garrafa de vidro retornável e cerveja em lata ou garrafinha era raro e caro, fazendo com que nossas casas tivessem caixas de garrafas, vazias ou cheias, dependendo de haver ou não algum evento próximo, quando a Antártica era realmente boa, e havia ágio para se comprar cerveja (acreditem ou não, mas havia ágil para se comprar cerveja) e a Antártica era uma das mais caras, contrariamente de hoje, onde ela é ruim e barata, e meus tios, claro, só bebiam Antártica e não suportavam qualquer outra cerveja que fosse, nem Brahma, meu pai comprou umas doze garrafas de Antártica e o resto todo de Malt 90 (lembra?). Engenhosamente, ele, antes de devolver os cascos à adega para comprar as supracitadas, retirou, cuidadosamente, os rótulos das garrafas vazias de Antártica. E antes de colocar as garrafas cheias para gelar, tirou, cuidadosamente, os rótulos das garrafas de Malt 90, substituindo pelos rótulos de Antártica. Ele então, claro, serviu primeiramente as Antárticas originais e, quando estas acabaram, passou a servir as falsas, as Malt 90, porém tomando sempre o cuidado dele mesmo, ou eu, abrirmos as garrafas para ninguém ver a tampinha.
O resultado foi o óbvio. Já ébrios, ninguém na festa reclamou do gosto da Malt 90. Placebo.
Mas o que eu dizia, na verdade, nada tem a ver com isso.
Isso foi só para responder a pergunta: será que após a décima quarta garrafa, o gosto realmente importa? Claro que não. Na verdade o gosto fica de lado bem antes disso.
Mas, venhamos e convenhamos, é muito mais digno vomitar Bohemia do que meia Bohemia e meia Antártica. Fora o orgulho e a reputação. Imaginem você, já bêbado, decide pedir Antártica, para economizar no bolso, já que o gosto você não sente mais. Eis que chega ao bar, sem mais nem menos, aquela morena divina que você azara, mas que nunca lhe dá bola. Honestamente, ela o vendo tomar Antártica, você acha que, se antes suas chances eram mínimas, agora você terá chance alguma com ela? Esquece.
Por isso mesmo que cerveja, estejamos bêbados ou sóbrios, meus amigos, nessa mesa, filha da puta algum beberá Antártica.
E tenho dito!”

Tom Hanks?

Se tem algo que luto contra, luto contra os pré-conceitos que meu cérebro, pobre coitado, auto imbutiu.
São coisas besta, pequenas, inocentes até, por serem infantis, mas me incomadam.
E todos eles se referente a artes, em geral. Se não gosto de um artista qualquer, seja cantor, ator, pintor, ou o que seja que ele for, tendencio a não gostar de nenhum trabalho do qual ele tenha participado.
Então, posto isso, não é só por isso que vou assistir ao filme "O Código Da Vinci", com o "ótimo" Tom Hanks. Vou por outros 4 motivos também, bem maiores que a mediocridade com a qual ele lineia suas atuações. São eles:
- as críticas do livro foram tão boas que é impossível eu não ter a coceira;
- Andrey Tatou, que dispensa comentários;
- Jean Reno;
- Ela. Sim, ela. Ela está louca para ver o filme e pediu para eu fazer esse esforço. Pedido fácil, não?

Mas, aliás, fiquei com a pergunta agora: por que diabos Tom Hanks? Tanto ator bom por aí...

sexta-feira, maio 12

Curiosidade

Curioso isso, mas o texto que postei ontem, abaixo aqui, foi escrito por mim há exatamente um ano atrás.
Veja só, eu escrevi o texto há um ano atrás e, na época, achei uma merda. Então ele ficou lá, guardado, empoeirado num canto qualquer do HD. Eis que hoje eu estava limpando os arquivos (ainda estou, na verdade), e achei esse texto, que reclassifiquei como apenas ruim. Ele evoluiu de uma merda para ruim, o que é bom. Mas não foi por isso que o postei. Foi pela conhecidencia da data. Ontem, coincidentemente, reli um texto que fazia um ano. E, como presente, o texto ganhou uma publicação. Bela merda, não?
Sabem o que isso quer dizer?
Porra nenhuma.
Mas se você acha que significa algo...

Aliás, se você leu o texto abaixo e também achau uma merda, guarde-o. Daqui a um ano volte aqui e releia-o e veja se essa merda melhorou.
Eu duvido. Mas não custa tentar.

quinta-feira, maio 11

E o pior ainda é a solidão...

Por pura falta do que fazer, ou pelo excesso de cerveja que já tinha subido á cabeça, que eu tomei completamente sozinha em casa, ou pelo CD do Massive Atack, que ouvi por cinco vezes seguidas no repeat, não sei, mas, por algum motivo, sentei em frente a um computador no intuído de fazer qualquer coisa que me tirasse dessa vida chata e monótona. Na verdade, talvez tenha sido por tudo isso ao mesmo tempo, não sei. Tudo que sei é que sentei em frente ao computador e conectei a Internet. Mas antes, e aí mora meu erro, eu decidi cair na besteira de fumar um baseado.
Agora imaginem: o que faz uma mulher, sábado à noite, sozinha em casa, bêbada (sim, já estava bêbada), ouvindo Massive Atack, e fumando um baseado?
Sim, eu estou solteira, claro. Isso é óbvio demais. Arrisquem mais...
Não. Não sou solitária. É que as amigas todas estão namorando, ou com rolo firme, e saíram com seus respectivos machos nessa maldita noite.
Deprê? Olha, acho que não fosse a porra da TPM, eu nem teria aberto a primeira latinha. Mas tudo bem, até dou um desconto para seu palpite de depressão. Mas foi a cerveja, na verdade, que me deixou deprê.
O que aconteceu é que fiquei umas vinte horas no Orkut, procurando alguém que pudesse desejar esse corpo aqui.
Mas, gente do céu, olhe bem para mim. Meu espelho não mente. O que essa maldita barriga faz aqui? Que merda essa celulite? Minha bunda está enorme, grande demais, credo. Que homem, digam-me, que homem iría querer algo assim?
Nenhum!! Claro que nenhum.
Por isso mesmo que, depois de meia hora no Orkut, depois de ter terminado o baseado e tomado o primeiro gole da terceira cerveja aberta desde que sentei em frente ao computador, eu consegui a proeza de lavar o teclado com essa coisa nojenta que nem citarei o nome. Meu fígado já não agüenta mais. Não tem o mesmo pique da época antiga. Bebi pouco, fumei menos ainda e lavei o teclado, coloquei tudo pra fora, eca!
Pior que tudo isso: não achei ninguém.
Passei o sábado sozinha e abraçada ao vaso. Ainda quebrei a unha do indicador da mão esquerda.
Odeio essa maldita solidão!

sexta-feira, maio 5

Barbárie

Mas eu mal cheguei e os corinthianos fazem uma coisa dessas?
Pois eu tinha tanto para escrever e agora só consigo pensar numa coisa: não tem nenhum promotor público para impedir o Corínthians de mandar seus jogos no Pacaembú?
E não me venham falando que o corínthians não teria outro lugar para jogar, porque, por aí, coisa que não falta é campo de várzea...

quinta-feira, maio 4

Boa Nova

É duro esse negócio de morrer, viu.
Pior ainda da LAN Celeste morrer também. Já viu, não? A coisa só piora...
Cheguei ao cúmulo de possuir um corpo de um gordo babão punheteiro só para escrever isso aqui. É dose...
Mas, enfin (lê-se anfã), vim aqui para dizer que não tenho atualizado nada aqui pois:
- a LAN Celeste foi infectada por um virus foderoso. Adivinhem quem foi o Cão que fez isso. Pois é. O próprio.
- O trabalho que dá para possuir o corpo de alguém (down there on earth é mais fácil; a galera é fácil, fácil) só para atualizar o blog....
- Sim, pensei em psicografia. Mas também não daria certo.

Então é isso. Certo?
"Nããããããããão!!!!", gritam ao fundo....

Não mesmo.
Vim aqui para dar uma boa nova, conforme dito acima, então vamos a ela...

BOA NOVA
Segundo promessas celestiais, amanhã é o grande dia. Segurem-se na cadeira, mas há uma gigantesca possibilidade de eu conseguir voltar à Terra, no mesmo corpinho magrelo de sempre, mesmo sorriso débil, mesmo tudo.
Então, preparem-se: amanhã, provavelmente, se tudo der certo, axalá meu rei, estarei de volta, com placa mãe nova. Cruzem os dedos.

É isso!



Opa! Quase esqueço! O gordo babão estava tomando um Milk Shake de café quando possui seu corpo. Dica? Então anotem: experimentem. É uma delícia divína.