quarta-feira, julho 20

A arte do impossível

Ontem eu assisti ao excelente "Arte com Sergio Britto" (que, aliás, está estreando e estrelando um peça onde representa Jung; imperdível), programa da TVE Brasil (Rio), mas quem tem NET em São Paulo também pode se beneficiar.
O programa em si eu já acho excelente, mas ontem o Sergio Machado foi entrevistado, falando de seu novo filme, Cidade Baixa, com os dois melhores atores do Brasil atual, Wagner e Lázaro.

A conversa foi muito boa, e o filme realmente parece ser excelente. Mas me colocou pulgas atrás da orelha, que creio ser justamente o que o cineasta, supracitado, pretende fazer: É possível haver um triangulo amoroso heterossexual, onde todos os três se amem igualmente? Será que algum ser humano é capaz de dividir sua mulher(seu homem) com seu melhor amigo/ irmão(com sua melhor amiga, irmã), sem ciúmes, sem neuroses? Será que um ser humano consegue se dar e ter o mesmo amor, carinho e atenção para duas pessoas do sexo oposto, da mesma forma, ao mesmo tempo?
Creio que não. Como disse o Sergio Britto, "infelizmente o ser humano ainda é muito baixo para isso".
Mas, ainda assim, fiquei pensando nas duas possibilidades de triangulo existentes no meu caso (dividir e ser dividido).
É tentador, isso é indiscutível. Tentador não pela parte mais óbvia, que é ser dividido entre duas mulheres. O mais tentador é imaginar que dois seres humanos possam ser capazes de dividir alguém ente si, sem ciúmes, sem prejuízo.
Seria algo como o sexo dos anjos.
Pena que absolutamente ninguém, nenhum ser humano, nem eu, seja capaz...
Mas, penso, e desculpem-me pelo preconceito, vejo a mulher ainda menos capaz de dividir que o homem.

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