domingo, abril 8

Chocolate nos dedos

Há uns 28 séculos atrás, quando eu ainda era uma pequena criança, lembro que ia com meus pais ao supermercado, às compras, mas não lembro de absolutamente nada que se passava dentro, durante as compras. Menos ainda eu me lembro do que ocorria no caminho, fosse na ida, fosse na volta. Mas de uma coisa eu bem me lembro. Era o momento da chegada em casa, quando eu, ansioso em ajudar meus pais a desempacotar as compras, vinha ao cúmulo de rasgar alguns sacos (época em que só existiam nos mercados sacos de papel...). Claro que tudo na vida tem um motivo e eu nunca me esquecerei o que me imbuia a tal ato...
Não durou até os anos 90.

Bom, não sou católico, não sou judeu, não sou evangélico, ou isso, ou aquilo. Sou... foda-se, né? Não importa o que sou, o que deixo de ser. Importa que esses três últimos dias nada mais foram para mim senão um feriado. E, claro, uma ótima oportunidade de comer e beber bem (beber beeeeeeem), além dos chocolates mil que se ganha.

Tudo começou semana retrasada folheando uma revista que se julga mais interessante que realmente o é. Foi em uma das primeiras páginas que vi uma propaganda que mexeu comigo e me fez reviver o sentimento descrito no primeiro parágrafo.
Gritei:
- PUTA QUE O PARIU! OLHEM O QUE VOLTOU!

Fiquei hipnotizado.

Claro que não esperei até esse (mal)dito feriado chegar para voltar a sentir o sabor de quem acabará de voltar do supermercado com os pais.
Ah, foda-se: bendito feriado.

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