Não sei se pra você também foi, mas pra mim foi muito curioso o final de semana esportivo, no que diz respeito, exclusivamente, ao fator Globo.
Se você não reparou, então repare agora como a Globo tentou usar seu "poder" a favor de si própria e de seus beneficiados e de como o tiro saiu pela culatra.
Sábado.
Última rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol da Série B, ou, como preferimos, Segundona. Rodada emocionante, pois todos os quatro times do quadrangular final ainda tinha chances de subir à série A, sendo que 3 desses lutavam pelo título.
O campeonato inteiro foi renegado pela Globo, que cedeu seu direito de transmissão à RedeTV, que soube explorar o torneio muito bem, conseguindo uma boa audiência e alavancando o torneio.
Porém, devido ao prestígio que a Segundona tinha adquirido (repito, graças as transmissões da RedeTV, por onde eu assiti o jogo) e ao espetáculo emocionante que a tarde prometia para os amantes do futebol, a Globo resolveu usar seu direito de transmissão.
Com isso, o horário dos jogos foram alterados do original horário das 18h para o tradicional horário das 16h, para que o futebol se "encaixe" na grade de programação da Globo.
A Globo assim usou seu poder. Azar dos demais interesses.
Bom, o negócio já começou mal, porque o Grêmio atrasou sua entrada em campo e o jogo só foi começar as 16h20. Ou seja, as novelas, os jornais, tudo seria adiado em alguns minutos.
O jogo, ou melhor, os jogos foram mesmo emocionantes, bem jogados, agradáveis de se ver.
Porém, aos 30 e alguns minutos do segundo tempo aconteceu o que todos já sabem. Com toda aquela confusão e toda aquela briga, o segundo tempo teve mais de 60 minutos, acabando por volta das 18h40, horário em que a Globo já deveria estar transmitindo os telejornais locais.
Resultado disso, para a Globo, é que sua arbitrariedade lhe custou alteração completa em sua programação noturna daquele dia.
Domingo
Quem acompanha a Stock Car há algum tempo sabe, e sabe bem, que a Stock Light sempre foi a prova de abertura da categoria principal, a Stock Car.
Porém, desde que Cacá Bueno entrou nessa brincadeira, o "paitrocínio" foi além do apoio financeiro. Galvão usou a máquina Global a favor de seu filho, para divulgá-lo, para tentar alçá-lo a um plano de grande piloto. O primeiro passo foi o surpreendente e repentino interesse da Globo em transmitir a categoria, que antes era restrita à canais fechados. Até aí, sem problemas, pois era uma relação de interesses mútuos: enquanto a Globo tentava projetar Cacá, a Stock recebia uma bela injeção de dinheiro e maior visibilidade, o que trouxe ainda mais dinheiro.
Então, veio o famoso "encaixe na grade de programação Global". As provas de Stock costumavam começar as 13hs, aproximadamente. O horário matinal era da Stock Light. Mas essa situação foi invertida pela Globo, afinal a Stock tinha que encaixar no Esporte Espetacular. E foda-se se a partir de então a Stock Light acabou tendo menos atenção do que tinha antes, pois ficou renegada, jogada de canto. A Stock Light perdeu público e dinheiro.
Pois a Globo e Galvão entraram em estado de gozos múltiplos quando, faltando três corridas, Cacá tinha uma vantagem tal na classificação que bastaria chegar em 8º para ser campeão.
E corrida após corrida, o mundo de Galvão, Globo e Cacá foram ruindo. Cacá não conseguia mais pontuar. Sentiu a pressão externa e errava erros infantis, tinha medo de ser arrojado, de bater.
O final, todos viram Domingo, ao vivo. Aquilo que era pra ser a grande consagração de Cacá como grande piloto, virou do avesso.
Cacá foi apresentado com o grande fracasso do automobilismo nacional. O herói, o grande herói, é Losacco. Agora, o campeão mais novo que a Stock já teve virou bi-campeão.
Confesso que me diverti ao ver o Cacá se dando mal! Ainda existe alguma justiça nesse mundo. Só seria mais divertido se o Galvão estivesse narrando a corrida. :D
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