Madrugada de Sábado, dia 29/10/05. Graças a uma operação bem calculada, chamada de Cavalo de Tróia, a Polícia Civil carioca encurrala um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro dentro de seu próprio habitat. Ele resiste à prisão. Acontece, então, um tenso tiroteio que culmina na morte de Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi.
A morte de Bem-Te-Vi, chefão do trafego da Rocinha, é comemorada pela polícia e pela mídia.
Porém, o que a mídia não quer mostrar é que o evento, no fim, serviu para expor negativamente a operação policial carioca (e brasileira, como todo). Com o episódio, ficou claro que com um pouco de inteligência, uma boa dose de coragem e boa vontade, a polícia carioca teria condições plenas de dominar a bandidagem que assola o Rio de Janeiro. A morte de Bem-Te-Vi, o belo tiro pela culatra dado pela polícia – diz que a polícia ou não é tão inteligente ou, o que seria muito pior, não tem coragem nem boa vontade para lutar como deveria contra o crime.
E a mídia, ao se calar ante o óbvio, com medo de expor a falência da polícia, o que assustaria a população, preferindo se portar como um álibi dessa falência, dessa incompetência policial, acaba se tornando ainda mais culpada do que a própria polícia.
O mercado paralelo do narcotráfico na favela movimenta milhões.Uma sociedade nada secreta, com suas próprias leis e ética. Isso significa que a polícia (leia-se o Estado)é um mera figuração.
ResponderExcluirEu já acho, honestamente, que a polícia e a mídia só estão ali para defender certos interesses dos grandes traficantes, pessoas que a gigantesca maioria nem imagina que esteja envolvida com isso.
ResponderExcluirBem-Te-Vi, estava desagradando muita gente, inclusive alguns famosos, pois seus nomes começaram a ser ligados a eles. (Nunca devemos esquecer que a Rocinha é a principal fornecedora de coca e maconha para a Z/S do Rio). A polícia teve que apagá-lo antes que qualquer coisa viesse a tona.