segunda-feira, setembro 5

10 anos em 1h

- Alô
- Alô. Andréa?
- Eu.
- Tudo bem?
- Tudo. Quem tá falando?
- Olha, Andréa, não sei se você vai lembrar de mim, é que faz muito tempo que a gente não se vê...
- Quem é?
- Eu.
- Beck?
- É.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHH!! NÃO ACREDITO!

Eu quase fiquei surdo com os gritos dela.
Claro que o papinho do "não sei se você vai lembrar" era uma puta duma mentira, só para fazer suspense.
É uma amizade de mais de dez anos. Daquelas que toda a família conhece.
Era sábado a noite e essa ligação, simples, iría me trazer uma das sensações mais gostosas.

A Andréa era um dos pilares de uma turma enorme, que se conheceu graças a capoeira, e que tinha uma grupo de meninas, Andréa inclusa, que eu chamava, de sacanagem, de Federação Paulista de Anãnismo. Elas realmente são baixas, mas para quem as vês do alto de 1,90m, elas são ainda mais baixas. Era uma turma única, divertida, com a qual eu me reunia todo Domingo a noite para tomar cerveja na casa da Paula e da Renata (não é um casal lésbico, são irmãs). Eu, Déia, Rê, Paulinha, Giuli, Carla, Robson...
Eu tinha 16/17 anos. Éramos todos moleques.

O que dizer? Quando você reencontra uma pessoa com quem não fala há dez anos, no pré-encontro, a apreensão é total.
Apreensão essa que aumentou enormemente quando atravessei a av dos Bandeirantes naquele retorno que tanto fiz há 10 anos. Quando entrei naquela rua, que dava naquela outra... Enquanto cruzava as ruas da Vl Olímpia eu voltava no tempo.
A casa da Paulinha e da Renatinha passou.
- Será que a Renatinha também estará na casa da Déia? Quem mais estará lá? Só a Paulinha e a Déia?

Entrei no apartamento e vi (quase) toda a turma lá. TODO MUNDO! A tensão durou só meio segundo, quando abracei todos. Um abraço apertado que quase compensou 10 anos de ausência. E na primeira risada que causei, a Carla solta um "isso é bem Léo", que me pareceu cheio de saudades.

- Precisamos sair para tomar cerveja
- Quando você voltar para S. Paulo avisa com antecedência para marcarmos algo.
- Você precisa sair com a gente para tomar cerveja.
- Nossa, a gente precisa tomar cerveja juntos.

Nesse Domingo eu voltei no tempo. Lá para, mais ou menos, 1995. Só faltou a cerveja.

Um comentário:

  1. Anônimo6/9/05 18:18

    Olá!!
    Eh bom reencontrar pessoas que gostamos neh.... relembrar velhos momentos....
    Bjs e bom feriado...

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