....É realmente curioso ver que um ser humano sentado, dois dias seguidos, em pleno feriado, em frente a um computador, dentro de um prédio totalmente fechado, trabalhando arduamente, até ficar completamente estressado, pensa, durante todo o tempo em que está ali, numa fuga, numa forma de relaxar, de fugir daquilo, sendo que sua fuga, sua forma de relaxamento, principalmente no primeiro dos dois dias, quando o tempo lá fora é chuvoso e tedioso, consiste justamente em fazer algo qualquer em frente ao mesmo computador, seja navegando na internet, seja jogando, seja escrevendo ou seja cuidando de seu blog.
....Curioso também é, nesse momento, sentir a necessidade de atualizar seu blog, inserindo qualquer coisa, qualquer texto, e isso também lhe estressar, também lhe pressionar, como o trabalho. É curioso sentir que o blog deixou de ser, naquela momento apenas, uma diversão, um relaxamento, mas também uma forma de trabalho, de obrigação e isso lhe tirar completamente a vontade de sequer abrir a página para ver alguma coisa nele, querendo mandar o blog pra puta que o pariu, querendo finalmente sair logo dali, perdendo a vontade de escrever, perdendo o desejo de pensar. É ainda mais curioso quando ao finalmente conseguir deixar o prédio e sentir a brisa, o vento na cara, respirar o ar úmido que sai do chão, sua mente começa a funcionar, pensando em coisas para escrever, em textos para publicar no blog, como esse aqui, cuja idéia nasceu exatamente na estação de trem, quando esperava a condução que o levaria para casa ao final do primeiro dia, e pensar, já novamente tenso, que não pode esquecer esse texto, que está gravando em sua memória, para quando sentar em frente ao computador, poder, finalmente, colocar tudo em palavras.
....Relaxar...
....Da onde vem essa palavra? Para onde ela nos leva? Por que ela, a palavra, e ele, esse ser humano complicado, não conseguem andar juntos com facilidade? Como fazer para desligar uma mente que não para de trabalhar, criando pensamentos absurdos, que cada vez mais. Ele a encontrou finalmente, mais a noite, na casa de duas pessoas que ama, onde a conversa flui de forma tão gostosa, tão livre. Lá a mente dele se expande sem medo, lá ele se liberta e relaxa.
....Mas na manhã seguinte ele deve voltar para aquele prédio fechado, claustrofóbico.
....E lá está ele, novamente sentado a frente do mesmo computador. Só que, dessa vez, o Sol lá fora arde forte.
....Curioso realmente ver que um ser humano sentado, dois dias seguidos, em pleno feriado, em frente a um computador, dentro de um prédio totalmente fechado, trabalhando arduamente, até ficar completamente estressado, pensa, durante todo o tempo em que está ali, numa fuga, numa forma de relaxar, de fugir daquilo.
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